Amor por Acaso


Ana, uma bela mulher, recebe uma dívida de herança no valor de 500 mil Reais. Para piorar a situação dela, seu irmão também precisa de dinheiro para poder quitar dívidas que o perseguem. Surge uma solução para o problema: um terreno deixado pela avó no interior da Califórnia. O problema é que neste terreno mora um rapaz que também se acha dono do local e que está montando uma pousada. A briga pela posse do terreno será o principal conflito de uma história em que já se imagina como terminará.

Ana é interpretada por Juliana Paes, uma bela brasileira que herda um verdadeiro presente de grego e tem que agir para conseguir o dinheiro necessária. Com um inglês um tanto forçado, ajudada pelo fraco roteiro, ela até que não deixa a desejar no papel da garota doce. Além disso, a presença dela em tal posição funciona muito bem lembrando grandes nomes consagrados nas comédias românticas, mas só lembra é claro. Do lado nacional, temos também Rodrigo Lombardi e Marcos Pasquim. O primeiro tem destaque na trama, enquanto o segundo não mostra ao que veio.

Na parte estrangeira do elenco, contamos com o eterno Superman da série “Lois e Clark: As Novas Aventuras do Superman”, interpretado por Dean Cain. Além da química dele com Juliana que prende o espectador, algo que também contribui para o êxito da história é o próprio talento do ator que se mostra à vontade com o papel. Merecem destaque também na obra o advogado da protagonista e a empregada da pousada, ambos sendo responsáveis pelas melhores cenas cômicas do longa.

Seguindo o modelo padrão das comedias romanticas, o filme também conta com uma trilha sonora um tanto forçada e variada, com hits pops internacionais e até samba. Assim, a música entra na obra como um elo de identificação do país e de sua cultura. A beleza e a sensualidade da mulher brasileira são vistas na cena em que Ana troca de roupa e surge com um biquíni bem brasileiro e, ao fundo, um samba que serve para a caracterização ficar completa. E os excessos não param. O filme exagera no humor rápido, oportuno e sem muita graça. Exagera também nas explicações, sendo mastigado.

Marcio Garcia que dirigiu e foi um dos principais produtores do filme, ainda aparece na obra para fazer um dos merchandisings mais terríveis já vistos no cinema. Algo que vale a pena ser visto de tão tosco. E que, por ser bem no desfecho, retira muito do brilho da obra. Será que ninguém viu isso a tempo?

“Amor Por Acaso” tem muitas qualidades dentre elas a química do casal principal e a mistura entre as culturas e gêneros que caiu muito bem na trama que, assim, tem o seu diferencial. Parafraseando a fala do crítico de restaurantes do filme feito por Eric Roberts, esta é uma comédia romântica exótica, familiar e bem aconchegante. Faltou apenas bom senso na direção e um pouco de ousadia.

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